quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Metropolitano de Lisboa


O Metropolitano de Lisboa foi inaugurado em 29 de Dezembro de 1959.
 Desde 1888 que se pensava em construir um sistema de caminhos de ferro subterrâneo na cidade de Lisboa, à semelhança das que já existiam em Londres, Budapeste e Glasgow, e da que estava a ser construída em Paris. A ideia foi apresentada pelo engenheiro militar Henrique de Lima e Cunha, que havia publicado na revista Obras Públicas e Minas o projecto de uma rede com várias linhas que poderia servir a capital portuguesa. Mais tarde, já na década de 1920, Lanoel d'Aussenac e Abel Coelho em 1923, e José Manteca Roger e Juan Luque Argenti em 1924, apresentaram os seus projectos para um sistema de metropolitano em Lisboa, mas ambos foram rejeitados.
Após a Segunda Guerra Mundial, na qual o país se manteve neutral, a retoma da economia nacional e a ajuda financeira do Plano Marshall deram um forte impulso para o início da construção do metro. Foi constituída uma sociedade a 26 de Janeiro de 1948, que tinha como objectivo o estudo da viabilidade técnica e económica de um sistema de transporte público subterrâneo na capital.
 Em Agosto de 1955 iniciou-se a construção dos troços Sete Rios – Rotunda (com 2,8 quilómetros de extensão) e Entre Campos – Rotunda (com 2,7 quilómetros de comprimento). Ambos se intersectavam na Rotunda, onde seria criado o famoso Y da Rotunda, de onde partia um tronco comum, Rotunda – Restauradores (com 1,1 quilómetros de percurso). Em 29 de Dezembro de 1959, após mais de quatro anos de trabalhos, foi aberto ao público o Metropolitano de Lisboa. Todas as estações, à excepção do nó da Avenida, assinada por Rogério Ribeiro, tinham intervenções plásticas de Maria Keil.
Em Maio de 1960 arrancaram as obras de prolongamento até à estação do Rossio, inaugurada em 27 de Janeiro de 1963. A extensão inaugurada acrescentava 500 metros à rede do Metropolitano. O novo nó já tinha um cais com 70 metros de comprimento.
Três anos mais tarde, em 28 de Setembro de 1966, foi aberta ao público uma nova extensão, desta vez entre o Rossio e os Anjos. A rede era aumentada em 1,5 quilómetros com a entrada em funcionamento de três novos nós: Socorro, Intendente e Anjos.
 Em 18 de Junho de 1972 foi inaugurado o troço Anjos – Alvalade, que possuía cinco novas estações: Arroios, Alameda, Areeiro, Roma e Alvalade, todas dotadas de um cais com 70 metros de comprimento. Com este troço, a rede cresceu mais 3,4 quilómetros e possuía agora 20 nós, dos quais 19 tinham intervenções plásticas de Maria Keil
Ao longo da década de 1980 foram arrancando novos prolongamentos, a começar pelo de Alvalade às Calvanas, em 1980. Mais tarde começou também a frente de obra de Sete Rios ao Colégio Militar/Luz, em 1982, e depois a das Calvanas ao Campo Grande, em 1983. Também no ano seguinte viria a arrancar a construção do prolongamento de Entre Campos ao Campo Grande, estação designada por Cruz Norte, numa época em que já se havia abandonado o projecto de construir uma estação nas Calvanas.
 Em 14 de Outubro de 1988 teve lugar a inauguração do prolongamento que ligaria Sete Rios ao Colégio Militar/Luz, com três novas estações: Laranjeiras, com intervenções artísticas de Sá Nogueira, Alto dos Moinhos, assinada por Júlio Pomar, e Colégio Militar/Luz, na qual interveio Manuel Cargaleiro. Também nesse mesmo dia abriu ao público a estação da Cidade Universitária, com intervenções artísticas da autoria de Vieira da Silva, e inserida no prolongamento que ligaria Entre Campos ao Campo Grande.
 Em 3 de Abril de 1993 abriu ao público a estação Campo Grande, na qual interveio plasticamente Eduardo Nery, juntamente com os troços Alvalade – Campo Grande e Cidade Universitária – Campo Grande. Com este prolongamento a rede do metropolitano cresceu em 3,1 quilómetros.
 Em 18 de Abril de 1998 foi inaugurado o troço Rossio – Cais do Sodré. Sete dias mais tarde, foi aberta ao público a estação Baixa-Chiado I.
A Linha Vermelha foi inaugurada em 19 de Maio de 1998, três dias antes da abertura da Expo’98. O troço detinha uma extensão de cinco quilómetros e incluía sete novas estações: Alameda II, Olaias, Bela Vista, Chelas, Olivais, Cabo Ruivo e Oriente. Juntamente com a inauguração do nó da Alameda II, a estação Alameda I viu também o seu cais ser alargado para 105 metros de comprimento. Com a abertura das estações Cabo Ruivo, em 18 de Julho, Baixa-Chiado II, em 8 de Agosto, e Olivais, em 7 de Novembro, a rede comportava agora 40 estações.
A extensão Campo Grande – Telheiras foi inaugurada em 2 de Novembro de 2002. A entrada em funcionamento da estação Telheiras ampliou a rede em 600 metros.
Em 27 de Março de 2004 foi inaugurado o troço Campo Grande – Odivelas, o que permitiu ao Metropolitano  ultrapassar, pela primeira vez, as fronteiras de Lisboa. No total, a rede foi aumentada em cinco quilómetros e acrescentaram-se-lhe cinco novas estações: Quinta das Conchas, Lumiar, Ameixoeira, Senhor Roubado e Odivelas.
Quase dois meses mais tarde, em 15 de Maio de 2004, foi inaugurado um novo troço, desta vez compreendido entre a Pontinha e a Amadora Este, com duas novas estações: Alfornelos e Amadora Este. A rede do Metropolitano cresceu mais 2,1 quilómetros e ficou com, aproximadamente, 38,5 quilómetros de extensão e 48 estações, quatro das quais duplas.
Em 19 de Dezembro de 2007 foram acrescentados 2,2 quilómetros à linha azul. O empreendimento Baixa/Chiado - Santa Apolónia permitiu a criação de mais duas estações, Terreiro do Paço e Santa Apolónia.
Mais tarde, em 29 de Agosto de 2009 foi inauguração o troço Alameda – São Sebastião, com duas novas estações: Saldanha II e São Sebastião II. Desta forma, a rede do Metropolitano  aumentou 2,2 quilómetros e a linha vermelha passou a cruzar todas as restantes. Em 17 de Julho de 2012, depois de mais de cinco anos de obras, foi aberto ao público o empreendimento Oriente – Aeroporto, que comporta três novas estações: Moscavide, Encarnação e Aeroporto. A rede cresceu mais 3,3 quilómetros e detém agora 55 nós, seis dos quais duplos.



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