quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Largo do Conde Barão



Este nome provém do Conde-Barão de Alvito cujo palácio ainda existe no largo, na esquina da Rua dos Mastros, embora já bastante transfigurado e quase em ruínas .
 Trata-se de um edifício palaciano, de arquitectura chã, construído em finais do século XVI e transformado em 1606, sofrendo alguns restauros nos séculos XVIII, XIX e 1ª metade do século XX. Foi residência dos Barões de Alvito (mais tarde Condes-Barões), que o abandonaram logo a seguir ao terramoto de 1755, passando o edifício por diversas mãos. Contudo, a memória da família ali se perpetuou, dando o nome ao largo que posteriormente se formou frente ao palácio. Extensa fachada de acentuada horizontalidade, tornejando a Ocidente para a Rua dos Mastros. A fachada principal apresenta-se visualmente bipartida; o corpo principal, é ritmado por uma sucessão de nove vãos de janela de sacada de lintel rematado em cornija, com gradeamentos de ferro fundido com coroamento de pinhas de ferro fundido, no 2º andar e de peito no 1º, sucessão interrompida no 6º vão pela bandeira de lintel curvo da porta principal, gradeada a ferro forjado. Quebrado pela ligeira inflexão que é demarcada pela imponente pilastra de cantaria, surge o pano onde se abrem seis vãos por piso com a mesma leitura da anterior. Este corpo é composto por um último piso sobre beirado de telha de canudo. A Ocidente, a solução anterior é repetida nos cinco vãos por piso que a fachada apresenta. O tardoz do edifício, irregular e mais pobre, abre-se para o antigo jardim. O palácio mantém uma presença urbanística ímpar e é uma referência memorial insubstituível.

Encostado ao Palácio Alvito fica o Palácio Almada Carvalhais,que pertenceu aos provedores da Casa da Índia,foi mandado construir no século XVI,(cerca de 1545),por Rui Fernandes de Almada,banqueiro e feitor da Flandres.Sofreu sucessivas fases construtivas e decorativas até ao século XVIII,traduzindo uma arquitectura renascentista e barroca.Está classificado como Monumento Nacional.De planta rectangular e volumetria escalonada,desenvolve-se em 3 pisos,em torno de um pátio interior renascentista,com as suas colunas e capitéis de decoração vegetalista e antropomórfica.De Quinhentos é também a torre de cantaria,no extremo O. do alçado principal,sob a qual existe um túnel abobadado que liga o exterior ao referido pátio.É, ainda,de salientar a janela de sacada encimada pela pedra de armas dos Almadas. Da segunda metade de Setecentos destacam-se a decoração com estuques de vários tectos,os silhares de azulejos em vários compartimentos e a escadaria monumental,que do topo nascente do pátio,através de 3 lanços,conduz aos pisos superiores do palácio.No século XX,o espaço do palácio foi fragmentado e ocupado por diferentes entidades.O jardim a tardoz foi convertido,na década de 20,em garagem e estação de serviço,enquanto que o túnel de acesso sob a torre foi prolongado,atravessando a antiga cozinha,até ao logradouro.

LOCALIZAÇÃO





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