quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Teatro Tália


O Teatro Tália, mais conhecido por Teatro das Laranjeiras, foi construído em 1820, inicialmente pertença de Joaquim Pedro Quintela, 1.º conde de Farrobo, situado na Estrada das Laranjeiras , nas imediações do actual Jardim Zoológico de Lisboa. A sua sala dispunha de cerca de 560 lugares,possuía luxuosos camarotes e um opulento salão de baile,de paredes revestidas com valiosos espelhos de Veneza.  Foi um dos principais teatros lisboetas do século XIX, onde actuaram as grandes figuras do panorama musical dessa época.Em 1862 um incêndio destruiu totalmente o interior e já não foi reconstruído .Em 2009 iniciou-se um plano de recuperação .


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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Estação Ferroviária do Cáis do Sodré


A Estação Ferroviária do Cais do Sodré foi inaugurada em 4 de Setembro de 1895.
A Linha de Cascais, que, desde 6 de Dezembro de 1890, tinha terminado em Alcântara-Mar, foi expandida até ao Cais do Sodré no dia 4 de Setembro de 1895.
No ano de 1902, a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses empreendeu a construção de vários abrigos para passageiros nesta estação.
Durante muitos anos a hora legal de Portugal era marcada a partir de um relógio instalado junto ao Cais do Sodré, tendo o primeiro sido colocado em 1914; foi substituído, em 2001, por um relógio digital, sendo o original exposto na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Alcântara.
Em 1926, na sequência da modernização da Linha de Cascais, já se havia projectado uma nova estação, não tendo, no entanto, os trabalhos sido iniciados, devido à presença de vários edifícios da Câmara Municipal de Lisboa e da Alfândega no local previsto; esperava-se que as obras tivessem a duração de um ano. O projecto, elaborado pelo arquitecto Pardal Monteiro, orientava para uma traça sóbria mas monumental do edifício, de forma a melhorar a zona em que se inseria; previa-se, igualmente, que a nova estação iria deter uma oficina para reparações de material circulante. A 15 de Agosto desse ano, foi desta estação que partiu a primeira composição a tracção eléctrica, na inauguração da electrificação da Linha de Cascais.
Em 28 de Maio de 1963, a cobertura interior da estação, construída no fim da Década de 1950, desabou sobre a gare, fazendo 49 mortos e cerca de 40 feridos . Ao longo dos primeiros anos do século XXI a estação foi ampliada e construídos novos cais de embarque de acordo com projeto de arquitetura de Pedro Botelho e Nuno Teotónio Pereira (Prémio Valmor 2008).





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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Convento de Sant´ Ana



O Convento pertencia à Ordem dos Frades Menores (Ordem de São Francisco), estava situado junto ao Campo dos Mártires da Pátria, na freguesia da Pena. Foi extinto em 4 de Maio de 1884, por morte da última religiosa madre Maria da Conceição.  O convento de Sant`Ana, das religiosas terceiras da Ordem de São Francisco, foi fundado em 1561 pela Rainha Dona Catarina no sitio onde existia uma pequena ermida. A velha ermida converteu-se em pequena igreja em 1573, onde em 1580  no seu adro foi sepultado Luiz Váz de Camões. Sendo quinze anos mais tarde transferido para debaixo do côro da Igreja, e em 1880 de novo transferido desta vez para o Mosteiro do Jerónimos, onde ficou definitivamente .O convento foi totalmente demolido em 1899 para a construção do Instituto Bacteriológico de Câmara Pestana.


Investigadores em Arqueologia da Universidade Nova de Lisboa descobriram em escavações do antigo Convento de Santana, em Lisboa, um conjunto vasto de artefactos, muitos ainda intactos, que revelam o nível social das freiras que habitavam aquele equipamento religioso, assim como o dia a dia de todos os residentes.
Numa fossa detrítica encontravam-se inúmeras peças, muitas de faiança portuguesa, porcelana chinesa (da dinastia Ming), peças espanholas e italianas. Tudo peças de grande valor e a que apenas famílias nobres teriam acesso.
"Pelas peças que encontrámos percebemos que as freiras eram de famílias ricas, levavam os seus enxovais, os seus dotes, viviam no convento como se vivessem em suas casas, com criadas", explica a investigadora e docente Rosa Varela Gomes.
Peça única no mundo
Paralelamente aos objectos que mostram a existência de luxo, foram encontradas variadíssimas peças de uso quotidiano, como escovas, pentes, mas também artigos de uso religioso, de entre os quais se destaca um anel de martírio, mas também cruzes e medalhas.
A apresentação dos investigadores Rosa Varela Gomes e Mário Varela Gomes, intitulada "Devoção e Luxo no Convento de Santana de Lisboa" (Séculos XVI e XVII) menciona artigos raríssimos, nomeadamente uma peça de origem vietnamita, e uma taça de porcelana chinesa, com motivos pornográficos, única conhecida no mundo até ao momento.
As escavações arqueológicas tiveram início em 2002, e terminaram em 2010, no local onde estão a ser construídos equipamentos da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova, onde existia o edifício do Instituto Bacteriológico Câmara Pestana, ao Campo Santana.
Nas escavações feitas no antigo Convento de Santana, onde chegaram a viver cerca de 300 pessoas, em 1702, das quais 130 religiosas, foi encontrado também um conjunto de 35 sepulturas.

- Retirado da pagina do JN-




















domingo, 20 de janeiro de 2013

Liceu Passos Manuel



Criado em 1836 por decreto do Ministro do Reino, Passos Manuel, o então Liceu Nacional de Lisboa passou por sete locais da cidade. A 9 de Janeiro de 1911 é inaugurado, já como Liceu Passos Manuel, o edifício na Travessa Convento de Jesus, após 24 anos de construção. Principal escola da capital, por lá passaram nomes como Cesário Verde, Mário de Sá Carneiro ou Miguel Bombarda.
O liceu é sede do agrupamento de escolas Baixa-Chiado.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Convento das Mónicas


O antigo Convento das Mónicas foi fundado em 1586, por D. Maria Abranches filha de Dom Álvaro de Abranches, Capitão-Mor de Azamor, em propriedades suas e cedidas às freiras para o culto. Como se situava nas proximidades do Convento da Graça da Ordem de Santo Agostinho, o novo convento aderiu à mesma regra, mas dedicado a Santa Mónica, mãe de Santo Agostinho, Doutor da Igreja. Até 1755, o convento manteve a sua traça original seiscentista, mas com o sismo, parte da igreja ruíu obrigando à sua reconstrução. Com a extinção das ordens religiosas em 1834 e  a morte da última freira, o Estado transformou o convento em casa de correcção para rapazes e seguidamente para raparigas, até definitivamente o converter em cadeia civil para mulheres.




Convento da Graça


Da ordem de Santo Agostinho, a Igreja da Graça situa-se no antigo local conhecido por Almofala, onde D. Afonso Henriques acampou com as suas tropas, durante o cerco a Lisboa em 1147. O conjunto  constituído pelo convento e pela Igreja remonta ao início da nacionalidade, ganhando maior importância no século XVI. Com o terramoto de 1755, grande parte da igreja ruiu, sobretudo a fachada, as abóbadas da capela-mor e do cruzeiro. Na reconstrução, optou-se por um interior sóbrio, cujas capelas, de talha dourada, imprimem uma linguagem ainda rocaille de finais do século XVIII. A torre sineira é obra de Manuel da Costa Negreiros e data de 1738.




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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Instituto Oftalmologico


Fundado em 1889 com o nome de Instituto de Ophtalmologia de Lisboa. Em 1929, em homenagem ao primeiro director, mudou de designação.
 Criado no reinado de Dom Luís, sendo ministro do Reino e grande propulsionador da ideia, José Luciano Castro. Tinha como finalidade servir os menos favorecidos e proporcionar formação teórica e prática na área da patologia clínica ocular, com enfermarias onde os doentes podiam ser internados, bem como o serviço de consultas e cirurgia que continuam a funcionar actualmente. Está instalado no antigo palácio dos condes de Penamacor. O seu primeiro director foi o ilustre médico oftalmologista Caetano António Cláudio Júlio Raimundo da Gama Pinto. Possui um museu que contém no espólio peças raras.


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domingo, 13 de janeiro de 2013

Instituto Rainha Dona Amélia


O instituto Dona Amélia ficava na Avenida 24 de Julho e foi sede da Assistência Nacional aos Tuberculosos fundada em 1906.










 



sábado, 12 de janeiro de 2013

Campo das Cebolas




Campo das Cebolas ,designação já usual no século XVII, cujo nome deriva da descarga e armazenamento que daquele produto ali se fazia. Era zona de palácios e casas nobres.



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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Terreiro do trigo / Antigo celeiro publico da cidade de Lisboa


«O CELEIRO PÚBLICO DE LISBOA ( 1 ) »
O vasto edifício de três andares, com cerca de 110 metros de comprimento por 30 de largura, ocupando todo o lado Sul da «RUA DO TERREIRO DO TRIGO» e construído em 1765 a 1768, para substituir o «TERREIRO DO TRIGO» ou «TERREIRO DO PÃO» - descrito no Sumário: "pegado com o mar está a casa do terreiro do trigo, grande e formoso posto em trinta e dois arcos, repartidos em duas partes por oitenta casas onde se recolhe todo o pão de que se provê a cidade, e o mais do termo" (1) - de origem «MANUELINO», na construção actual «POMBALINA».
Por ter funcionado até 1777, sob a tutela do «SENADO DA CÂMARA DE LISBOA», ostenta a pedra de armas desta instituição nos cunhais Nordeste e Noroeste.
Hoje, é sede da «DIRECÇÃO DAS ALFÂNDEGAS DE LISBOA E IMPOSTOS ESPECIAIS SOBRE O CONSUMO», depois de, durante alguns anos, ter sido o «MERCADO CENTRAL DE PRODUTOS AGRÍCOLAS».
Na versão original, e repetindo a planta do velho «TERREIRO DO PÃO», o edifício era construído por duas alas semelhantes e paralelas a todo o comprimento, separadas por largo corredor a céu aberto e ligado pelas fachadas Leste e Oeste, de três corpos, em que, no central, de cantaria e terminando por frontão triangular, se abrem os portões de acesso ao corredor.
Os carros que transportavam as mercadorias entravam por um dos lados e saíam pelo outro, contactando, na passagem, com as lojas dos comerciantes, dispostos de um e de outro lado do percurso.
A longa fachada voltada ao Norte tem no corpo central, sobre a porta, a seguinte inscrição: JOSÉ:I. AUGUSTO INVICTO PIO REI E PAI CLEMENTISSIMO DOS SEUS VASSALOS PARA ASSEGURAR A ABUNDANCIA DE PÃO AOS MORADORES DA SUA NOBRE E LEAL CIDADE DE LISBOA E DESTERRAR DELA A IMPIEDOSA DOS MONOPÓLIOS DEBAIXO DA INSPECÇÃO DO SENADO DA CÂMARA SENDO PRESIDENTE DELE PAULO DE CARVALHO MENDONÇA MANDOU EDIFICAR DESDE OS FUNDAMENTOS ESTE CELEIRO PÚBLICO ANO MDCCLXVI (1766).

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O edifício é notável e beneficia de alguns pormenores técnicos originais, cuidadosamente pensados e executados, patentes em especial no desenho da fachada virada a Sul, hoje na actual «AVENIDA INFANTE D.HENRIQUE», onde à data da sua fundação chegavam as águas do Tejo, as quais, certamente, na época das cheias, podiam galgar o cais que então existia; esta circunstância explica o jorramento de cantaria que se observa na base da fachada. E, como o edifício se destinava a armazéns de trigo, acumulava-se o cereal contra as paredes mais aquecidas, que são as voltadas ao Sul, o que exercia sobre estas paredes uma pressão suplementar; para reforço, foram criadas gigantes de cantaria na zona inferior, que arrancam do solo e vão morrer junto à cimalha geral, distribuídos a espaços regulares, oito em cada lado do pano central da fachada, definido por duas pilastras.
No meio das pilastras abre-se um portal, de grande efeito arquitectónico e por cima, sobre plataforma de cantaria apoiada em robustas consolas divergentes, uma janela de sacada entre dois remates piramidais adoçados à parede, parcialmente cobertos por salientes espigas de trigo.
Embora não visível do exterior, e talvez mais engenhoso o reforço da parede Sul do bloco Norte do edifício só observável da passagem interior, também era utilizado para depósito do cereal, por beneficiar do calor do sol.
Quando a utilização do edifício mudou para a actual, os artifícios técnicos descritos perderam todo o sentido. A passagem longitudinal média, a céu aberto, foi coberta e alterada a disposição de alguns espaços interiores; e os gigantes, de funcionais passaram a decorativos, numa fachada de grande impacto visual.
Este espaço funcionava como depósito obrigatório, mercado regulador e alfandega de trigo e outros cereais, proibindo-se a venda fora do terreno, sob pena de multa e de açoites com baraço e pregão. O «CELEIRO DE PORTUGAL», assim lhe chamou o padre «DUARTE DE SANDE», na centúria de quinhentos, não deixando de enaltecer a mestria das padeiras alfacinhas e o «SABOR FINÍSSIMO» do seu pão.
Não se pode imaginar a miscelânea de gente que davam vida e cor a esta local. Se os moços vadios e amigos do alheio que por aqui abundavam não destoam num cenário onde outrora se realizavam «EXECUÇÕES CAPITAIS», já o mesmo não se pode dizer da convivência entre os carregadores do trigo e as centenas de «MEDIDEIRAS», que ali trabalhavam e cuja reputação deveria ser incontestável, pois teriam de ser "casadas ou viúvas honestas, mulheres de homem de idade, que não presuma delas fazerem o que não devem".
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O «CELEIRO PÚBLICO DE LISBOA» há muito que cessou a função para que foi destinado. Com o aparecimento das fábricas de Moagem e em determinada época foi o «GRÉMIO DO TRIGO» que se encarregava de gerir o cereal.
O tão falado "agasalho do pão" do tempo de «D. MANUEL I», tomou então variantes, hoje irreconhecíveis na expressão orgânica e administrativa.
Neste edifício funcionou o «MERCADO CENTRAL DE PRODUTOS AGRÍCOLAS», e recebeu obras de limpeza em 1911, tendo funcionado até Março de 1937, os seguintes serviços: «DIRECÇÃO GERAL DE PECUÁRIA»; «DIRECÇÃO GERAL DOS SERVIÇOS FLORESTAIS E AGRÍCOLAS».
A transformação do velho «TERREIRO DO TRIGO» no seu interior, esteve subordinada à «DIRECÇÃO GERAL DOS EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS», dirigida pelo arquitecto «JORGE BERMUDES» e pelo engenheiro «DÁCOME DE CASTRO». No edifício após a sua renovação, foram instaladas a «DIRECÇÃO GERAL DAS ALFÂNDEGAS» e seus serviços anexos, bem como a «GUARDA FISCAL»(1937).
TEXTO RETIRADO DO BLOG RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA

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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Fonte das Ratas Alfama

A razão de ser do nome Alfama é confirmado pela carta geológica do concelho de Lisboa, que mostra um grupo de nascentes minero-medicinais associadas a uma falha geológica que corta as camadas do Miocénico. Ao longo da história, estas nascentes foram encanadas para alimentação de chafarizes.
Graças a este conjunto de nascentes com um caudal significativo, Alfama era, antes da construção do Aqueduto das Águas Livres, a zona de Lisboa com menos problemas de falta de água. As águas de Alfama ou Águas Orientais foram introduzidas em 1868 na rede de abastecimento público de Lisboa com a construção no local do antigo Chafariz da Praia de uma cisterna que recolhia a água e de uma estação elevatória movida a vapor que a elevava até ao recém-construído reservatório da Verónica (1862). O Museu do Fado está actualmente instalado sobre a cisterna, a qual pode ser visitada.
Essas águas com temperaturas que nalguns casos se situam acima dos 20°C, e que chegaram mesmo a ser classificadas, em finais do século XIX, como águas minero-medicinais, foram exploradas pelo menos desde o século XVII como banhos públicos ou alcaçarias, que se mantiveram em actividade até às primeiras décadas do século XX.
Alcaçarias de Alfama
  • Alcaçarias do Duque (30º a 34°C)
  • Banhos de Dona Clara (24º a 28°C)
  • Alcaçarias do Baptista (32º a 34°C)
  • Banhos do Doutor (27°C)
Na sequência de obras, foi posta a descoberto a nascente do antigo Tanque das Lavadeiras de Alfama. As pretensas propriedades curativas dessas águas granjearam fama à nascente, designada Fonte das Ratas, a qual atingiu o pico de afluência no início dos anos 60 do século XX, imediatamente antes do seu encerramento por contaminação.


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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Palácio dos Condes de São Miguel ou Condes dos Arcos


No Largo do Salvador nº 14 a 24, ergue-se o grande e singelo Palácio dos Condes dos Arcos ou dos Condes de S. Miguel. Fundado por D. João Esteves de Azambuja, bispo do Porto, a sua história encontra-se ligada à do vizinho Convento do Salvador. O palácio foi ampliado no século XVII, passando para a posse dos condes dos Arcos de Valdevez. Ostentando fachada austera, apresenta no portal as armas dos seus segundos proprietários, abrindo-se depois num pátio com arcadas. Destaquem-se ainda os azulejos setecentistas e a pequena capela.


Passou para a posse de D. Francisco Nuno Álvares Botelho, 1º Conde de S. Miguel, titulo criado pelo Rei D. Filipe III, de Portugal, IV de Espanha em 1633.