domingo, 30 de dezembro de 2012

Chafariz de Dentro


Chamava-se Chafariz dos Cavalos. Fernão Lopes relata-nos que as suas bicas de bronze eram cabeças de cavalos, as quais foram roubadas por tropas castelhanas. Passou a designar-se Chafariz de Dentro por se localizar intramuros da muralha fernandina. Foi reformado em 1622. É também designado por Chafariz n.º 19. As águas deste chafariz abasteciam o Chafariz da Praia e os seus sobejos iam para um tanque de lavadeiras no Cais da Linguêta. No século XIX este chafariz tinha quatro bicas, quatro Companhias de Aguadeiros, quatro capatazes, cento e trinta e dois aguadeiros e um ligeiro.

    

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Chafariz de El-Rei



O Chafariz de El-Rei, que terá sido o primeiro chafariz público na cidade de Lisboa, terá sido construído no século XIII, aproveitando as excelentes águas da encosta de Alfama.
O encanamento de água da nascente para bicas exteriores à chamada Cerca Moura datará de 1487, permitindo o abastecimento dos navios da carreira da Índia.
A actual fachada data de 1864, tendo sido rematada a platibanda e colocados os pináculos e urnas, numa composição arquitectónica classicista.
Chegou a ter nove bicas em funcionamento. Cada bica era exclusiva de um grupo social, não esquecendo os mareantes.









 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Igreja da Conceição Nova / Rua Nova do Almada


A  Igreja da Conceição Nova, construída em 1698, ficava na antiga Rua Nova dos Ferros(onde corre hoje a Rua da Prata) foi destruída pelo Terramoto de 1755 .Iniciou-se então a construção de um novo templo, com o mesmo nome , na Rua Nova do Almada que ficou concluída em 1794.
  O arquitecto da construção foi Remígio Francisco de Abreu. Possuía um interior revestido de mármores, e tecto de madeira com pinturas de Pedro Alexandrino. O templo foi adquirido pela Caixa Geral de Depósitos à Irmandade do Santíssimo, celebrando-se a escritura em 1950 , foi demolida para dar lugar ao prédio neopombalino daquela instituição bancária. Algum do seu espolio foi integrado na igreja de São João de Brito no bairro de Alvalade.


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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Prémio Valmor 1912 ( Villa Sousa )


O prémio Valmor 1912 foi atribuído a moradia Villa Sousa, situada na Alameda das Linhas de Torres ,propriedade de José Carreira de Sousa , com projecto do arquitecto Manuel Norte Junior.
A Villa Sousa possuía um grande jardim e destacava-se pela harmonia e elegância do seu torreão. Actualmente encontra-se arruinada ficando reduzida à fachada e algumas paredes.


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Menção Honrosa Prémio Valmor 1909


Prédio situado no nº21 da rua Viriato esquina com a rua Tomás Ribeiro.
Data de construção de 1909, da autoria do arquitecto António do Couto Abreu. Prédio de João António Henriques Serra. 4º Menção Honrosa do Prémio Valmor de 1909. Demolido em 1954. 


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sábado, 15 de dezembro de 2012

Palácio da Mitra em Marvila


Palácio da Mitra

Construção dos finais do séc. XVII, com alterações no séc. XVIII. Foi residência dos prelados de Lisboa, entre os quais Dom Luís de Sousa (1676-1702).

No séc. XVIII foi profundamente remodelado por Dom Tomás de Almeida, primeiro Cardeal Patriarca de Lisboa. Fez a estrada (calçada), a capela e enriquece o palácio com pinturas, tapeçarias e azulejos. A estada fazia-se por onde ainda é e era servido por cais privativo. Ao fundo encontravam-se as cocheiras. Em 1834 é incorporado da Fazenda Pública e nele morreu o Cardeal Saraiva. Várias vezes vendido, em 1902, passa para as mãos de António Centeno, que por sua vez o vende a um sócio que aqui se instala com a Fábrica Seixas de metalurgia e fundição. Os escritórios funcionariam nos salões do palácio. Nas cocheiras construiu-se a fábrica, depois ocupada pelo asilo da Mitra. Ainda teve uma fábrica de licores.

Em 1930 é adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa, a quem ainda pertence. Destacam-se no edifício: salas e escadarias ornadas de silhares de azulejos; tectos painelados, com pinturas ornamentais; painel rococó tardio no jardim superior.
Nele funcionou o museu da cidade entre 1942 e 1973, altura em que foi transferido para o palácio Pimenta no Campo Grande.


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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Largo do Chiado


O Largo do Chiado fica situado nas freguesias da Encarnação, Mártires e Sacramento.
No extremo poente do largo ergueram-se as torres das antigas Portas de Santa Catarina da Cerca Fernandina de Lisboa, construídas entre 1373 e 1375 e demolidas no início do século XVIII. O local que foi das torres da muralha é hoje ocupado pelas igrejas do Loreto e da Encarnação.
No extremo nascente do largo, ergue-se desde 1929 uma estátua do poeta António Ribeiro, que ficou conhecido como «Chiado» por frequentar a zona. De 1771 a 1853 existiu no mesmo local o Chafariz do Loreto, abastecido pelo Aqueduto das Águas Livres através da Galeria do Loreto. A estátua de Neptuno que encimava o chafariz encontra-se hoje no centro da fonte do Largo de Dona Estefânia.
O poeta António Ribeiro, conhecido por Poeta Chiado, nasceu em Évora em data desconhecida, cidade onde professou pela Ordem dos Franciscanos, e faleceu em Lisboa em 1591, para onde veio após ter abandonado a vida religiosa. Contemporâneo de Camões que o menciona como poeta engenhoso num dos versos do Auto de El Rei Seleuco, desenvolveu sobretudo a poesia jocosa e a sátira, através da descrição de quadros flagrantes da vida social do período em que viveu, tendo afinidades literárias com Gil Vicente.A estátua em bronze, da autoria de Costa Motta (tio), com plinto quadrangular em pedra lioz de José Alexandre Soares, foi colocada por iniciativa da vereação municipal, que desta forma quis prestar homenagem a António Ribeiro, conhecido com o nome de uma das mais conhecidas zonas de Lisboa, o Chiado, por aí morar. Alguns grandes nomes da cultura literária do princípio do século XX, como Aquilino Ribeiro, Teixeira de Pascoais e Raul Brandão manifestaram-se contra, argumentando que outras figuras seriam mais merecedoras de uma homenagem por parte do município lisboeta. Consideravam que a fama de poeta popular, arruaceiro, boémio, praguento e chocarreiro mas no entanto, talentoso, que António Ribeiro granjeava, não eram razões suficientemente válidas para justificar a colocação de um monumento em sua homenagem, numa praça de tradição cultural, junto de teatros e de duas outras estátuas de figuras das letras nacionais: Camões e Eça de Queiroz. O poeta retratado envergando o hábito de monge que se julga nunca ter abandonado, aparece numa postura de animada conversa, parecendo interpelar quem passa.


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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Convento de Santa Joana


O Convento pertencia à Ordem de São Domingos, estava situado na Rua de Santa Marta, freguesia do Coração de Jesus, 3.º Bairro, de Lisboa. Foi extinto em 15 de Março de 1890.
Foi fundador D. Álvaro de Castro, fidalgo, proprietário da quinta de Andaluz de traça apalaçada, situada entre a saída de Lisboa e o lugar de Nossa Senhora da Luz, onde havia um chafariz denominado de Andaluz.
D. Álvaro de Castro (acompanhou o rei D. Sebastião na sua jornada a África) tinha um particular afecto pela Ordem de São Domingos, onde tinha um jazigo no Convento de Benfica.
Deixou em testamento, ao seu sobrinho D. Leonardo de Castro, as casas e quinta de Andaluz, com os olivais e mais pertenças dela, com a cláusula de que só herdassem os descendentes da linha recta, excluindo a transversal, e na falta daquela, seria herdeiro o Convento de Benfica, da Ordem de São Domingos.
Estipulou, que se edificasse uma igreja dedicada à princesa Santa Joana - irmã do rei D. João II, beatificada pelo papa Inocêncio XII, em 1693 - e um novo mosteiro de frades, da dita Ordem, que seria fundado nas casas e quinta, decorridos dois anos após a sua morte, sob o cuidado do provincial da época.
O último descendente foi D. João de Castro Teles, vice-rei, falecido em 1657, não deixou herdeiros, de modo que o morgadio passou para os frades de São Domingos de Benfica.
Quando iniciou a governação o provincial mestre frei José Galrão quis dar cumprimento ao legado de D. Álvaro de Castro, mas foi impedido, devido a dificuldades surgidas quer por falta de rendas quer por aqueles que ambicionavam a quinta situada em local privilegiado. Nem todos os conventos da Ordem (incluindo os femininos) pertenciam à Província.
A fim de concretizar a disposição do testador, o provincial propôs a D. Pedro II (devoto de Santa Joana) efectivar a cláusula testamentária, sugerindo ao monarca a edificação de um templo dedicado à princesa Santa Joana, visto não haver nenhum no reino, e tendo como objectivo a missionação.
Por Alvará régio de 20 de Setembro de 1698, obteve-se licença para a edificação do Convento, na condição de existir um determinado número de religiosos que pudesse sustentar-se com as rendas do vínculo do morgado, e que todos os anos enviassem missionários à Índia Oriental.
No último trimestre de 1699, foi lançada a primeira pedra para a edificação da igreja na quinta de Andaluz, no dia de Santa Catarina, protectora da Ordem.
Assistiram ao acto no arcebispado de Lisboa, D. frei Pedro Fóios, com o título de bispo de Bona, da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, e também o provincial e os religiosos. Desde Outubro de 1699, houve frades que tomaram o hábito para noviços que pertenciam ao Convento novo de Santa Joana, como frei José de São Francisco, natural do Porto que tomara o hábito de noviço do coro no Convento de Santarém.
Frei António Pacheco, prior e vigário geral autorizou o padre mestre frei José Galrão, a empenhar e obrigar a livraria que tinha a seu uso, para a continuação das obras do Convento, em 11 de Junho de 1705.
A obra - igreja e Convento - foi projectada pelo arquitecto João Antunes, e executada por José Pereira, tendo sido concluída em 1706.
A partir de 1754, as religiosas começaram a instalar-se no Convento de Santa Joana, outrora masculino.
Por Breve do papa Bento XIV, datado de 23 de Agosto de 1756, com aprovação de D. José I, foi concedida licença para se incorporarem num só convento, as freiras de outros conventos que não tivessem rendimentos para poderem continuar independentes, ou freiras cujos mosteiros tivessem sido arruinados pelo terramoto de 1755.
Em 23 de Maio de 1765, o Convento era governado pela madre abadessa soror Maria Madalena de Mendonça.
Por conseguinte, o Mosteiro de Nossa Senhora da Rosa - ou do Rosário - foi incorporado no Convento de Santa Joana de Lisboa.
No arquivo do Convento da Rosa, existem documentos sobre a medida régia, de unir e incorporar neste último convento, em uma só comunidade as religiosas dos Conventos do Salvador, da Anunciada e da Rosa, cuja transferência das mesmas teve início em Fevereiro de 1766.
Em 28 de Agosto de 1890, encontrava-se instalada numa parte deste Convento, a Congregação das Irmãs Hospitaleiras Portuguesas que esteve no Convento de Nossa Senhora da Luz, em Arroios. 



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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Rua de Santa Marta / Antiga Igreja do Sagrado Coração de Jesus


A antiga Igreja do Sagrado Coração de Jesus fica na rua de Santa Marta. Esta igreja fora construída entre 1780 e 1790, com projecto de Manuel Caetano de Sousa, nos terrenos cedidos por Cristóvão de Sousa da Silva d'Alte, tendo a obra sido paga pela Irmandade do Santíssimo, da qual era membro Dom Francisco de Sousa Coutinho, 12.º Conde de Redondo. 


Foi demolida por já não ter capacidade de albergar todos os fieis da freguesia .Sendo substituída pela nova igreja de maiores dimensões  na rua Camilo Castelo Branco.


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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Palácio Ludovice


O Palácio Ludovice é construído no séc. XVIII, para residência da família do próprio arquitecto que o projecta, o arquitecto alemão  João Frederico Ludovice autor do projecto do Palácio Nacional de Mafra. No séc. XIX, é vendido ao Barão  Costa Veiga, que aluga várias parcelas do edifício. Em 1890, esteve aqui instalado o Quartel General da Polícia. Em 1941, é vendido à Companhia de Seguros Tranquilidade.
Entre 1944 e 1945, o piso térreo sobre uma importante transformação, da autoria do arquitecto Jorge Segurado, para a instalação do Solar do Vinho do Porto. Presentemente, também se encontra instalado no palácio o Instituto Português de Cinema. Fica na rua São Pedro de Alcântara.


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Palácio Palmela / Procuradoria Geral da República


Em 1792, o Arquitecto Manuel Caetano de Sousa inicia a construção de um palácio num terreno na extremidade da quinta do Noviçado da Companhia de Jesus. Herda a casa seu filho, Francisco António de Sousa. Envolvido na conspiração de 1817, os seus bens, incluindo o Palácio, são confiscados, e adquirido por Henrique Teixeira de Sampaio, Barão de Teixeira e Conde da Póvoa. Por casamento de sua filha com o filho do Duque de Palmela, o Palácio transita para esta família, adquirindo o nome por que é conhecido, Palácio Palmela, ao Rato, já que existe outro com mesmo nome, no Calhariz.
A 3.ª Duquesa, Maria Luísa Domingas de Sousa Holstein promove importantes obras de melhoramentos, incluindo as estátuas colocadas no portão principal, da autoria de Calmels.
O Palácio mantém-se na posse dos Duques de Palmela até 1977, altura em que é comprado pelo Estado, para aí instalar a Procuradoria Geral da República. O Palácio sofreu um violento incêndio, em 1981, que destruiu completamente a capela e provocou graves danos no edifício. Os trabalhos de recuperação conseguiram reconstruir o edifício, perdendo-se, no entanto, valiosas obras de arte e muitos dos trabalhos de marcenaria.





 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Jornal O Mundo


Tudo começou com «ANTÓNIO FRANÇA BORGES», um jovem combativo que viera cedo de «SOBRAL DE MONTE AGRAÇO» e em LISBOA exercera o cargo de funcionário da fazenda.
Muito mais do que a burocracia, interessavam-lhe, porém, a política e o jornalismo.
Pertenceu as redacções de vários jornais como a «VANGUARDA» ou «A PÁTRIA», mas foi «O MUNDO», que fundou, que lhe deu notoriedade.
Este jornal cedo se tornou numa força demolidora, não só da ditadura de «JOÃO FRANCO» (primeiro Ministro do Rei D. Carlos) como da própria Monarquia. O estilo agressivo de «FRANÇA BORGES» tornou-se numa arma republicana. No entanto, embora acabasse por ser figura cimeira do «PARTIDO DEMOCRÁTICO», sempre recusou quaisquer cargos oficiais, após a implantação do novo regime.
Apareceu «O MUNDO» em 16 de Setembro de 1900, com sede na «RUA DAS GÁVEAS, 91-1º». O prédio onde nasceu, sofreu profundas obras de remodelação, em parte custeadas pelo grande comerciante «Luís Grandella».
Assim, a parte nobre do edifício ficou virada à então «RUA DE S. ROQUE, 95-103». No cimo, passou a figurar um globo terrestre, de pedra, símbolo do MUNDO.
A primeira República quis testemunhar o seu apreço ao jornal que fora seu propagandista e ao director que pagara com a prisão alguns atrevimentos. Apareceu assim a «RUA DO MUNDO», onde fora de «SÃO ROQUE».
«FRANÇA BORGES» morreu cedo, em 1915. O jornal perdurou: ainda teve directores como «CARLOS TRILHO» e «URBANO RODRIGUES».
Mas parecia ter-se apagado a chama. «O MUNDO» teve interrupções e acabou por fechar. Em 1925 «O MUNDO» é vendido, mas o seu edifício ficou como memória de uma época de grandes transformações políticas e intensa actividade cultural.
O prédio acabou por ser adquirido por outro jornal que estaria politicamente nos antípodas: o «DIÁRIO DA MANHû, que foi órgão da União Nacional, claro que não se justificava a manutenção do topónimo «O MUNDO». Mas é certo que a «S. ROQUE» também não regressou. A rua passou a ser «da MISERICÓRDIA», numa espécie de solução de compromisso.
O antigo edifício do jornal «O MUNDO» foi reabilitado com um projecto do arquitecto «SIZA VIEIRA» e, mantendo a estrutura inicial, abriu as suas portas à «ASSOCIAÇÃO 25 DE ABRIL» , que aí se encontra sediada com uma galeria de exposições no piso térreo.
TEXTO RETIRADO DO BLOG RUAS DE LISBOA COM ALGUMA HISTÓRIA 

Convento de Santa Marta / Hospital de Santa Marta


Em 1612 é lançada a primeira pedra na construção do Convento de Santa Marta. Este Convento vinha substituir um outro que ali tinha estado desde 1583 que, também este último teria sucedido a um recolhimento para raparigas pobres, fundado por Dom Sebastião no ano de 1571.
Actualmente este antigo convento é conhecido por ser o Hospital de Santa Marta. Apesar das muitas modificações e adaptações exigidas ao longo dos anos, ainda nos é possível encontrar, na zona central do conjunto de edifícios que hoje fazem parte do Hospital, vestígios do Antigo Convento de Santa Marta como o Claustro e a Igreja.
Do estilo Maneirista usado o Claustro, a Casa do Capítulo e a Igreja destacam-se. Esta última tem um portal datado de 1630 e o seu interior tem dois andares. No inferior observamos as capelas laterais da nave e o superior detém as janelas iluminantes de todo o espaço e um corredor que comunica com o Palácio dos Condes de Redondo, onde terá vivido Dona Catarina de Bragança, viúva de Carlos II de Inglaterra.
Este antigo convento e a sua igreja têm, no seu interior, uma grande colecção de azulejaria com datas dos séculos XVII e XVIII.


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Chafariz de São Sebastião da Pedreira


Chafariz de São Sebastião da Pedreira
Foi mandado construir por aviso de 21 de Novembro de 1787, sendo projectado nesse mesmo ano pelo arquitecto Francisco António Ferreira Cangalhas. Foi concluído em 25 de Setembro de 1789, mas só por aviso de 29 de Agosto de 1791 se mandou aí correr água, a qual começou a jorrar quatro dias depois. Custou 12 472$701 réis. Era abastecido pelo ramal da Cruz das Almas que ía para o Campo Santana. Os sobejos deste chafariz iam para Manuel José Guedes de Miranda, senhor Murça. Chafariz de parede com frontão brasonado, de traço neoclássico. Tem duas bicas e tanque no nível superior ao qual se acede por escadas laterais e um tanque no nível inferior. Tinha 1 Companhia de Aguadeiros, 1 capataz, 33 aguadeiros e um ligeiro.
Bibliografia
ANDRADE, José Sérgio Veloso de - Memória sobre chafarizes, bicas, fontes, e poços públicos de Lisboa, Belém, e muitos logares do termo. Lisboa : Imprensa Silviana, 1851.
ATAÍDE, M. Maria (Coord.) - Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa. Lisboa : Assembleia Distrital de Lisboa, 1988.
CAETANO, Joaquim Oliveira - Chafarizes de Lisboa. Sacavém : Distri – Editora. 1991.
ISBN:  972-655-092-0.
FLORES, Alexandre M. - Chafarizes de Lisboa. Lisboa : Inapa. 1999. ISBN:  972-8387-57-1.



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domingo, 9 de dezembro de 2012

Novo chafariz do Loreto


O novo Chafariz do Loreto foi construido para substituir o anterior chafariz do Loreto que se situava no Largo do Chiado. Com a obra das Águas Livres vários chafarizes foram planeados com
o objectivo de terem uma forte presença e visibilidade na cidade, tendo-se encomendado
o trabalho dos escultores mais conceituados da época para a sua ornamentação,
conforme era ainda hábito. No seguimento do novo plano pombalino de reconstrução da
cidade, o chafariz do Loreto viria a ter localização central, sensivelmente onde se
encontra hoje a estátua de António Ribeiro Chiado, segundo desenho dos arquitectos
então responsáveis, Reinaldo Manuel dos Santos e Francisco António Ferreira
Cangalhas. Para este chafariz, cuja construção se inicia em 1771, Machado de Castro
esculpe uma figura de Neptuno, tema comum das fontes e chafarizes desde o
Renascimento. Contudo, este chafariz monumental, concluído em 1774, terá uma vida
extremamente curta, uma vez que vai durar pouco mais do que 80 anos, sendo demolido
na década de 50 do século seguinte.
Apesar de, até ao último quartel do séc. XIX, o fornecimento de água em Lisboa ser
ainda bastante deficiente, dependendo ainda em grande parte dos seus chafarizes,
estabeleciam-se novas noções de saúde e de higiene na cultura ocidental. A presença
dos chafarizes torna-se pois incompatível com a imagem que então se importava;
denunciava o desfazamento da cidade e do país com o que se divulgava das grandes
metrópoles, onde se demonstrava as redes de água canalizada, e uma presença da água
no espaço público cada vez mais exclusivamente ornamental. Em Lisboa, contudo,
hordas de aguadeiros galegos sitiavam o espaço público, onde, esperando pela sua vez
com as suas pipas, soltariam impropérios e se envolviam em rixas.
A “ilha dos galegos”, como era chamado este chafariz, torna-se totalmente incompatível
com o Chiado, a “Ladeira Vaidosa”, centro cosmopolita e burguês de Lisboa do séc.
XIX. O chafariz é pois demolido, mas a estátua de Neptuno foi conservada até aos dias
de hoje e encontra-se no Largo D. Estefânia, inserida numa fonte ornamental.
Contudo, o papel essencial que este chafariz desempenhava para o abastecimento de
água ainda se mantinha: Veloso de Andrade [1851], com efeito, registará 198
aguadeiros para o chafariz do Loreto, sendo assim o terceiro chafariz a agregar mais
aguadeiros em Lisboa. O primeiro era o de El-Rei, com 330, e o segundo o do Carmo,
com 231. A remoção do chafariz do Largo das Portas de Santa Catarina implicava,
necessariamente, a sua substituição imediata por outro.
A concretização do chafariz substituto confirmará esta necessidade. O novo chafariz do
Loreto, mais discreto e mais funcional, haveria de localizar-se não num largo, mas na
então Rua do Tesouro Velho, actual António Maria Cardoso. As imagens que dele nos
chegam revelam-nos, com efeito, um equipamento que, apesar de apresentar alguma
dimensão, já tem uma intenção de ornamento muito menor do que o seu predecessor.










Largo das duas Igrejas (Chiado)


Igreja da Encarnação
A bonita Igreja da Encarnação está situada em pleno coração de Lisboa, no requintado e mítico Largo do Chiado, em frente à famosa Igreja de Nossa Senhora do Loreto.

Inaugurada em 1708, foi edificada por ordem da Condessa de Pontével, D. Elvira de Vilhena, demolindo-se então parte da Muralha Fernandina do século XIV e uma torre de vigia. O conjunto destas duas Igrejas estabelecia , então, uma das nobres portas da cidade.
O templo sofreu forte destruição com o terramoto de 1755, sendo restaurado e bastante alterado em 1784, de acordo com o plano do Arquitecto Manuel Caetano de Sousa, terminando-se as obras somente em 1875.

A fachada do Templo apresenta-se num estilo Neoclássico conjugada com diversos elementos ‘Rocaille’ tardios, dispondo interessantes imagens de Santa Catarina que faziam parte da antiga porta medieval. 


Igreja Nossa Senhora do Loreto 

Situada em pleno coração de Lisboa, no requintado e mítico Largo do Chiado, a Igreja de Nossa Senhora do Loreto tem origens remotas em inícios do século XIII, contudo a edificação actual data do século XVIII.

A devoção a Nossa Senhora do Loreto foi trazida para Portugal pelos mercadores Venezianos e Genoveses que se instalaram na região, daí que a Igreja seja também conhecida por Igreja dos “Italianos”.
O anterior templo terá sido construído perto das muralhas que defendiam Lisboa no século XIV, mandadas construir pelo rei D. Fernando, e mais tarde em 1573 sofrido obras de ampliação e dedicado a Nossa Senhora do Loreto.
A igreja actual data de 1676, já que um incêndio em 1651 destruiu parte da primitiva edificação.
Com o grande terramoto de 1755 volta a sofrer grande destruição, e é restaurada em 1785.

O projecto do templo deve-se ao mesmo arquitecto do fantástico Teatro de São Carlos, José da Costa e Silva, e é caracterizado por uma nave central com doze capelas laterais com os doze apóstolos, revestidas de mármore italiano.
A fachada principal é famosa pela imagem de Nossa Senhora do Loreto e pelas armas pontifícias de Borromini (século XVII), ladeadas por dois anjos. 




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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Palácio Quintela




O Palácio Quintela foi mandado edificar por Luís Rebelo Quintela sobre as casas arruinadas pelo Terramoto que pertenceram aos Condes do Vimioso e Marqueses de Valença. Herdado pelo sobrinho Joaquim Pedro Quintela, Barão de Quintela, este ampliou o Palácio, conferindo-lhe a grandeza que apresenta. Foi neste Palácio que se instalou Junot em 1807/1808, durante as Invasões Francesas.
Ao 1.º Barão, sucede seu filho, também ele de nome Joaquim Pedro Quintela, 1.º Conde de Farrobo, que procedeu a vários e importantes melhoramentos no Palácio. Após a falência do Conde de Farrobo, é adquirido por Mendes Monteiro, e, posteriormente, herdado por António Carvalho Monteiro, o construtor da Quinta da Regaleira, em Sintra. Actualmente, funciona neste espaço o IADE, Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing.Fica no largo barão de Quintela na rua do Alecrim.

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